Califa diz que Islão garante a liberdade universal de religião

Associação Ahmadia do Islão em Portugal
By Associação Ahmadia do Islão em Portugal Outubro 7, 2015 11:50

Califa diz que Islão garante a liberdade universal de religião

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COMUNICADO DE IMPRENSA

 Chefe Supremo da Comunidade Islâmica Ahmadia profere o discurso histórico no Parlamento Nacional Holandês

Hadrat Mirza Masroor Ahmad diz que o Islão garante a liberdade universal de religião e apela às potências mundiais para agirem com justiça

No dia 6 de outubro de 2015, o Chefe Supremo e o Quinto Califa da Comunidade Islâmica Ahmadia, Sua Santidade, Hadrat Mirza Masroor Ahmad, fez um discurso histórico numa sessão extraordinária do Comité Permanente dos Negócios Estrangeiros no Parlamento Nacional Holandês, na cidade capital de Haia perante uma plateia de mais de 100 dignitários e convidados.

Hadrat Mirza Masroor Ahmad chegou às 16:35h, onde foi recebido por Harry van Bommel (Membro da Câmara dos Deputados e Vice-Presidente do Comité Permanente dos Negócios Estrangeiros), que acompanhou Sua Santidade para a Sala de Comissão.

A sessão formal começou quando o Senhor deputado van Bommel deu as boas-vindas à Sua Santidade ao Parlamento e apresentou os membros da comissão.

Ele também deu as boas-vindas aos vários deputados estrangeiros, embaixadores de Estado e dignitários representando países incluindo Albânia, Croácia, Irlanda, Montenegro, Espanha e Suécia.

Depois disso, Hadrat Mirza Masroor Ahmad fez o discurso principal durante o qual ele considerou a ameaça à paz e a segurança mundial ser o ponto crítico desta época.

Sua Santidade deu soluções para os problemas enfrentados pelo mundo baseadas nos ensinamentos do Sagrado Al-Corão. Ele também apelou às potências mundiais para apoiar os países menos desenvolvidos e para se abster de exploração.

Falando sobre a crescente falta de paz no mundo, Hadrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“No mundo de hoje, vemos que certas questões estão a ser destacadas e rotuladas como os problemas mais significativos do nosso tempo. Se analisarmos a situação objetivamente, percebemos que a paz e a segurança no mundo é de facto a questão mais crítica do nosso tempo. Inquestionavelmente, a cada dia que passa o mundo está a tornar-se cada vez mais instável e perigoso e isso tem várias causas potenciais.”

Sua Santidade disse que havia vários factores que afectavam a paz e a segurança no mundo, incluindo a instabilidade económica mundial, a falta de justiça e de confiança entre os governos e membros do público, e crescente discrepância entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento.

O líder religioso disse que nem o Islão, nem qualquer outra religião, podia ser culpados pelos atos violentos de extremistas.

Sua Santidade disse que o conceito de que o Sagrado Al-Corão ou o Profeta do Islão (que a paz esteja com ele) defendeu qualquer forma de extremismo ou terrorismo era “uma injustiça da maior gravidade”.

Referindo-se ao compromisso inabalável da Comunidade Islâmica Ahmadia com a paz, Hadrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Na verdade, eu e todos os verdadeiros Muçulmanos da comunidade Ahmadia, não estamos entre aquelas pessoas que estão a criar ou participar em desordem e distúrbio de hoje. Em vez disso, somos as pessoas que desejam a paz no mundo. Nós somos as pessoas que querem curar o mundo. Nós somos as pessoas que querem unir a humanidade. Nós somos as pessoas que querem transformar todos os ódios e inimizades em amor e carinho. E certamente, nós somos as pessoas que fazem todos os esforços possíveis para estabelecer a paz mundial.”

Hadrat Mirza Masroor Ahmad continuou:

“Enquanto um líder religioso, gostaria de dizer que, em vez de culpar e provocar um ao outro, devemos concentrar-nos no estabelecimento de uma paz verdadeira e duradoura no mundo.”

Mais tarde, Hadrat Mirza Masroor Ahmad citou diversos versículos do Sagrado Al-Corão, que provam que o Islão lutou para a liberdade religiosa e para os direitos humanos universais.

Sua Santidade também explicou que as guerras travadas pelo Sagrado Profeta (que a paz esteja com ele) e pelos Muçulmanos primitivos eram inteiramente de natureza defensiva e tinham sido travadas, de modo a proteger os princípios da liberdade de religião e de crença.

Hadrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“No capítulo 2, versículo 194, Allah ordenou os Muçulmanos que eles não estão autorizados a exercer qualquer batalha ou guerra onde já existe liberdade religiosa. Portanto, nenhum país Muçulmano, grupo ou indivíduo tem o direito de se envolver em qualquer forma de violência, guerra ou anarquia, tanto contra o Estado como contra o seu povo.”

Hadrat Mirza Masroor Ahmad continuou:

“Muito simplesmente, na Europa e no Ocidente, os governos são seculares e por isso, um Muçulmano nunca pode ter o direito de violar as leis do país, de opor-se violentamente ao governo ou de instigar qualquer forma de rebelião ou insurgência.”

Falando sobre a importância primordial de justiça nas relações internacionais, Hadrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“O Islão ensina que em todas as circunstâncias, não importa quão difícil forem, vocês devem ficar firmemente ligados aos princípios de justiça e integridade … A verdade é que a paz sustentável nunca pode ser estabelecida até que haja justiça em todos os níveis da sociedade.”

Referindo-se ao compromisso Islâmico à liberdade religiosa universal, Hadrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Na verdade, o Islão garante liberdade e proteção às pessoas de todas as religiões. O Islão protege o direito de cada indivíduo a seguir o seu próprio caminho ou crença escolhida.”

Reiterando a sua preocupação com a segurança do mundo, Hadrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“O mundo precisa desesperadamente de paz e segurança. Este é o problema urgente do nosso tempo. Todos os países e todos os povos devem unir-se para o bem maior e devem unir os seus esforços para impedir todas as formas de crueldade, perseguição e injustiça perpetrada em nome da religião ou de qualquer outra forma. Isso inclui a zombaria de qualquer religião que pode incitar frustrações e ressentimentos e obviamente, também incluem as atividades de ódio de grupos extremistas que falsamente justificam os seus atos malignos em nome da religião.”

Concluindo, Sua Santidade apelou às grandes potências para que desistissem de todas as formas de exploração dos países mais fracos.

Hadrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Hoje, vemos muitos países do primeiro mundo que estão a aumentar os seus investimentos nos países mais pobres e em desenvolvimento. É imperativo que eles ajam com a justiça e tentem ajudar os países e não utilizem os seus recursos naturais e mão-de-obra barata só para os seus próprios ganhos nacionais e para fins lucrativos.”

Hadrat Mirza Masroor Ahmad continuou:

“Eles (os países ricos) devem tentar reinvestir a maior parte do que ganham nos países mais pobres e usar a riqueza para ajudar a população local a desenvolver e florescer. Se os países desenvolvidos agirem desta forma, isto beneficiará não só os países mais pobres, mas também será mutuamente benéfico. Isso irá aumentar a confiança e o respeito e remover frustrações que estão a crescer. Será um meio de melhorar as economias locais e tudo isto, por sua vez, fomentará a economia mundial e equilíbrio financeiro.”

Após a conclusão do seu discurso, os membros do Comité Permanente tiveram oportunidade de perguntar à Sua Santidade o seu ponto de vista sobre uma série de assuntos, incluindo a liberdade religiosa, a liberdade de expressão, a crise dos refugiados e a perseguição da Comunidade Islâmica Ahmadia.

Mais tarde, Sua Santidade encontrou-se pessoalmente com vários dignitários e convidados e também teve oportunidade de ver certas salas históricas no Parlamento.

Associação Ahmadia do Islão em Portugal
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Sermão de Sexta-Feira do Califa

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